sexta-feira, 18 de novembro de 2011

"Se a gente lembra só por lembrar..."

"Porém, se a gente vive a sonhar
Com alguém que se deseja rever
Saudade, entonce, aí é ruim
Eu tiro isso por mim,
Que vivo doido a sofrer"...


Depois de uns tempos sem dar as caras por aqui, resolvi tirar as casinhas de aranha do meu blog!! As coisas não mudaram muito desde o último post. Na verdade, elas continuam corridas e sem graça, como sempre. Os problemas só aumentam, assim como as dívidas.

Hoje seria um dia perfeito pra sumir um pouquinho, estar com alguém legal do lado, curtindo um bom papo, observando a cor da tarde quando o sol se põe. E como tenho saudade de estar lá fora, no mundo, num fim de tarde, sentindo os raios de sol na pele, sentindo a brisa do mar, a areia a machucar os pés, a sujar as pernas, a bagunçar o cabelo. Que saudade eu tenho da melancolia que o mar me traz. Tudo isso lindo lá fora, e eu aqui, sentada na frente desse computador, aleijando minha coluna e estragando minha visão.

Bons tempos era os que eu podia escrever livremente, andar abertamente, sorrir pra qualquer um, sem pensar na pilha de trabalhos que ficam me esperando em casa, sempre que eu dou as costas à porta da frente; Que falta faz o sofá vermelho, que ficava em frente da TV, na salinha de estar da minha casa. Que saudade do meu avô me mandando tirar os sapatos e a farda da escola, porque minha cabeça tava pegando fogo, e eu podia infartar dalí a pouco.

Que saudade da minha infância, de deitar na frente da TV, ainda sem almoçar, e esperar meu vôzinho trazer aquele prato de arroz com carne frita, e um copão de suco de morango... Sabe? Aqueles de saquinho, que deixam a boca completamente vermelha. =)

Que saudade de andar na rua só de calcinha, carregando uma pilha de livros, e chegar na casa de Rosana chamando ela pra bincar de escolinha. E dali a pouco, lá vinha Mainha, gritando, mandando eu ir calçar minha sandália pra não adoecer. Que falta faz sentar na salinha de casa, entre o balcão e a porta de entrada, quando faltava luz, e ficar implorando pra minha irmã (Samara) ficar cantando a musiquinha do Boneco de Lata comigo, porque eu morria de medo do escuro. Ela me xingava, mas adorava estar comigo. Eu sei.

Tenho saudade também da adolescência. Saudade de dizer a Mainha que tinha aula de reposição a noite, só pra ficar sentada, com Aline e Rillandgy, em frente à creche que ficava perto da escola, tomando Sapupara d elimão, [risos] até 21h da noite. Três loucas, adolescentes, achando que beber, naquela idade, era a maior aventura do mundo. Doce ilusão!!

É! Saudade dói. Dói, e hoje tá machucando um bucado. Queria mesmo era ver a cor do dia, a cor do sol, jogar tudo pro alto!! Só hoje!! Só agora.