quarta-feira, 16 de dezembro de 2009


"Quero acordar de manhã do teu lado. E Aturar qualquer babado.Vou ficar apaixonado, no teu seio aconchegado. E ver você dormindo e sorrindo. É tudo que eu quero pra mim."
(cidade negra)




Eu sigo você. Tem sido assim, na maioria das vezes. E você fica ali, do meu lado, como se tudo que existisse fóssemos nós dois. Gosto da sua dedicação por mim. Gosto da minha dedicação por você. Nem parece que o sol está tão quente, porque o calor não te afasta de mim. É bom te sentir. Melhor ainda é saber que os nossos dias estão chegando. Esses dias em que o vento das férias te empurra pros meus braços. E você se agarra em mim, se entrega. Se deixa voar como fios de cabelo. Como é bom te ver leve. Te sentir calmo. Te sentir meu.
Espero dias ensolarados, preenchidos com muitos sorrisos. Nossos sorrisos. Quero te fazer feliz. Quero ser feliz com você. Te acordar com carinhos. Segurar tua mão. Agarrar teu corpo e te beijar. Te trazer para mim. Ser tua. Nada de caras feias. Nada de birra. Vamos ser eu, você e ninguém mais. Ninguém para atrapalhar nossos momentos. Nada para se meter entre nós.

sábado, 14 de novembro de 2009

É inevitável Reconstruir (quando não existe mais sentimento).



Existem momentos que as músicas falam por nós... Principalmente, quando esses momentos são tristes. Sempre procuramos a música mais "melosa", que possa transmitir aquilo que estamos sentindo. E essa, com certeza, é uma delas:



The Blower's Daughter (Damien Rice)



And so it is
just like you said it would be,
life goes easy on me,
most of the time.

And so it is
the shorter story
no love, no glory,
no hero in her skies.
I can't take my eyes off of you

And so it is
just like you said it should be
we'll both forget the breeze
most of the time.

And so it is
the colder water
the blower's daughter
the pupil in denial

I can't take my eyes off of you.

Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to leave it all behind?

I can't take my mind off of you... my mind... 'til I find somebody new...



sábado, 7 de novembro de 2009

Noites tenebrosas.


As luzes ficaram baixas outra vez. Foi a escuridão da noite, que, quando misturada com o reflexo da lua, fez nascer sombras tenebrosas nas paredes.
Os olhos não conseguiram mais descansar depois de verem a imagem pálida por trás do vidro. Pôde-se notar o medo tomar conta do seu corpo, no momento em que o vidro quebrou. Só que conseguiu que tudo continuasse calmo. No entanto os olhos não conseguiram mais descansar. E não conseguiram por muito tempo, mesmo com tanto esforço. Eles ficaram a observar os traços, na esperança de encontrar um pequeno vestígio de erro e, assim, poderem se acalmar.
Horas, horas e mais horas se passaram e nada foi encontrado. Os traços se desfizeram sem dar nenhuma resposta. Os olhos, por fim, desistiram de procurar o que desde o começo estava ali, na sua frente. Nada poderia vir da boca, nem da pele. Todos se encontravam, agora, inertes por causa da escuridão.
As mãos decidiram, então, participar da busca. Agarraram-se naqueles dedos e procuraram por força. Não encontraram.
Era preciso um retorno, atenção, dedicação, carinho para que as sombras se desfizessem e o rosto sorrisse. Por fim, nada de respostas. Os olhos se tocaram, as mãos soltaram lágrimas e acabaram por desistir.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O som de um anjo em meio a cidade grande!


"Os muros da cidade falavam alto demais,
coisas que ela não podia mudar nem suportar.
Ela quis voltar para casa,
cansou da violência que ninguém mais via.
Viu milhões de fotografias e achou todas iguais."
(Engenheiros do Hawaii)



Para quem morou a vida inteira em uma cidade do interior, mudar-se para a cidade grande e ter que se acostumar com o barulho, a violência, as diferenças, na maioria das vezes, é muito difícil. Conheço pessoas que passaram por muitas dificuldades quando tiveram que fazer essa mudança em suas vidas. Deixar os amigos, a família, os velhos hábitos, e sair para um lugar desconhecido. Começar de novo, sem perder o passado. Felizmente, no começo, não tive nenhum problema.
Eu, de certa forma, já estava bem acostumada com o clima e os hábitos das grandes cidades, mas, agora, estou me sentindo cada vez mais sufocada com as buzinas, a poluição, o barulho dos carros, os assaltos, as brigas, a falta de segurança, a SAUDADE. E me peguei, durante os últimos dias, querendo muito a minha vida de um ano atrás. Querendo largar a faculdade, voltar para perto dos meus pais, poder andar na rua sem me assustar quando uma moto reduz a velocidade atrás de mim. Voltar a ter contato com o brilho do sol, sem precisar ver uma nuvem cinza encobrindo-o; ficar na porta de casa conversando e rindo com os amigos, sem temer chegar um desconhecido e tirar nossas bolsas, relógios e vidas. Quietude! Tranquilidade! Suplico por esses elementos, que parecem simples, mas que, com sua ausência, estão me deixando a flor da pele.
Existe, apenas, um lugar nessa cidade enorme, que consegue me fazer esquecer tudo isso. Lembram das asas? São elas. É aquele calor, aquela paz, aquele aconchego, que me faz desistir de pegar um ônibus, às 11 horas da manhã, de um dia ensolarado, e ficar sentada em um banco de rodoviária, chorando, sem conseguir entender o porquê da minha desistência. Procurando forças para brigar com aquele sentimento de fragilidade, e me mostrar como o meu pai sempre falava: “Minha menina corajosa”!
Como eu conseguia sentir falta dele, se só tinha me afastado há poucos minutos? Não sei. E, sinceramente, mesmo com toda essa inquietação, está bem mais complicado abrir mão do barulho da cidade grande e daquelas quatro paredes, com sol irradiando o corpo, do que foi deixar a família em busca de uma nova vida.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Postagem inacabada! Sorrisos!

"Legal ficar sorrindo a toa... Sorrir pra qualquer pessoa..."
(Luciana Melo)





Não existe nada melhor do que ver as pessoas sorrindo. Sorrisos! Risos! Gargalhadas! Dentes a mostra e olhinho bem apertado com brilho mágico. Eu me sinto forte quando consigo fazer as pessoas se embolarem de tanto rir. Nunca citei aqui, o quanto falo besteiras, mas, acreditem, é o que de melhor eu sei fazer. Coisas nada a ver, sabe? Tipo aquelas frases sem coerência, que não vão contribuir em nada com o assunto. São essas. As famosas Pérolas da Sayonara. Todo mundo sabe que eu falo demais e que esse demais é muita besteira. Porém o que quase ninguém sabe, ainda, é que na hora em que preciso falar extremamente sério, me transformo em uma bela ouvinte. Sou a pessoa monossilábica que troca o imenso dicionário, pelo famoso “humrum”. Eu falo tanta besteira, que até acabei de fugir do assunto da postagem. Viram? Sim, mas o que eu queria falar, na verdade, era sobre os sorrisos que ao longo dos meus 18 anos, tenho arrancado das pessoas, e do quanto vê-las felizes me faz querer fugir dos meus problemas e querer, nunca, perder esse sorriso, mesmo acreditando que essa fuga seja um enorme erro.


(...)


PS: Bom, como vem acontecendo sempre, não estou mais conseguindo terminar os meus textos, então, fico por aqui.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O fim do mundo!!

"Me sinto só...
Mas quem é que nunca se sentiu assim
Procurando um caminho pra seguir,
Uma direção - respostas
Um minuto para o fim do mundo..."
(CPM22)




Essa é só mais uma das muitas quedas que sofri, e que, provavelmente, ainda vou sofrer. Tinha tudo para dar certo. Ele era o “carinha perfeito”; no entanto, como dizem os ditados da vida: “Pior seria se pior fosse”. E foi. Foi muito pior. Eu me encantei pela pessoa angelical, de sorriso estonteante e abraço protetor. Ele, com suas asas grandes e fortes, me colocou em seus braços e voou muito alto, bem mais alto que o céu. Só que, por um deslize, ele acabou me derrubando e me quebrou toda.
Sabe por que isso aconteceu? Porque eu confiei. Coloquei os meus traumas de lado e decidi dar uma chance pro meu coração tentar ser feliz. Fiz tudo certo. Nada pelo que tenha que me arrepender. Entreguei-me sem acreditar que estava sendo exagerada. Eu amei. Na verdade eu amo, porque para mim a gente só ama uma vez na vida. Eu ouço muito as pessoas dizerem que quem ama, confia. Ai, alguém pode estar se perguntando por que borbulhas eu não confiei. Eu confiei. Só que de uma forma racional. Nunca deixei de ver que ele é humano e que poderia me decepcionar a qualquer momento, e esse momento acabou de chegar. Isso não quer dizer que eu não vá mais confiar em ninguém, ou que não vou mais tentar ser feliz. Isso só significa que o mundo acabou e que preciso, agora, reciclar o lixo que sobrou, limpar os destroços e seguir em frente. Eu sei que é difícil, afinal, construímos um mundo que era só nosso - um mundo de sonhos, expectativas, momentos felizes. Vai ser muito ruim deixar esses momentos para trás, no entanto, acho extremamente necessário fazer esta limpeza.
No combate razão x coração, a razão levou a melhor. Meu coração acabou de perder a guerra. E essa guerra, pode acreditar, foi a 4ª guerra mundial. A maior de todas. Acredito, agora, que o melhor a fazer é ficar quieta, chorar baixinho e parar de me lamentar. Não sou Deus, mas quero reconstruir meu mundo em 7 dias, e tirar esse maldito “SEM SORRISO!” do perfil do meu celular.

PS: Desculpem as confusões das ideias, é que elas, ainda, estão se organizando aos poucos.

sábado, 12 de setembro de 2009

De volta para casa!


Era para ser uma viagem normal. Eu devia, apenas, ter pego o ônibus da minha cidade até João Pessoa, depois entrar em um táxi e chegar rapidinho em casa. Todo o processo levaria no máximo 5 horas, se não fosse uma belíssima carona que a minha mãe descolou para mim.

Primeiro o cara falou que ia me buscar às 10 horas da manhã na minha casa; quando chegou era quase 1 hora da tarde. Começamos bem. No caminho, ele me disse que precisava parar na próxima cidade para atender uns clientes, e que ia me deixar na churrascaria de um amigo. “Tudo bem”, eu pensei. Não levaria muito tempo. Fiquei sentada durante, aproximadamente, três horas esperando por ele. Liguei para minha mãe, já muito nervosa, achando que ele tinha ido embora com as minhas malas, e havia me deixado só, até que ele apareceu. Ufa! Que alívio!

Seguimos a viagem em uma velocidade acima de 120km/h. Chegamos à cidade, onde ele deveria me deixar, em um tempo de 40 minutos, o que deveria levar 1 hora e meia. Imaginem a minha cor, meu semblante. Nós quase batemos de frente com uma Saveiro, por causa da má ultrapassagem que ele fez. Louco! Não consegui mais ficar calada, e perguntei se ele achava que eu tinha sete vidas, porque se ele estivesse pensando assim, só me restava uma, agora. E ele deveria ter muito cuidado. Muito cuidadinho, né, anjo? (risos)

Chegando à cidade onde eu deveria pegar o próximo carro, agradeci a Deus por estar viva e tratei, logo, de ver como iria me virar a partir dali. O cara veio e disse que havia um amigo dele que me levaria. Eu fui. Achei que pior não poderia ficar. Mas, ficou. Eu topei ir com esse tal amigo, que me levaria até a minha casa. Ele pediu que eu esperasse enquanto ele conseguia mais passageiros, para poder seguir viagem. Fiquei lá sentada, até que vi dois homens vindo em direção ao carro. Eram dois caras enormes. Eles entraram no carro e me espremeram entre eles. Meu Deus! Inventei, logo, que estava passando mal e pedi a um dos homens para trocar de lugar comigo. Claro que ele aceitou. Saímos, então, rumo a minha cidade. Tudo caminhava bem. O homem dirigia bem, respeitava as leis do trânsito, tinha cuidado ao fazer as ultrapassagens. Eu já tinha fechado os olhos, encostado a cabeça na porta do carro e tentado dormir um pouco, mas de repente senti que o carro parou, e abri os olhos depressa. Caraca! Eu quase não acreditei, quando vi que ia entrar mais uma pessoa dentro daquele Fiat. Já estava horrível ir ali atrás apertada, parecendo uma sardinha enlatada, imagina mais uma pessoa conosco. O que eu fiz? Sorri. Eu ia fazer o quê? Eu não podia descer e ficar sozinha no meio do caminho. Era preciso encarar aquilo tudo, e a melhor forma que encontrei foi sorrir. Depois de alguns instantes, eu já estava falando sobre futebol com os caras e rindo mais ainda. E a viagem seguia em paz. Encostei, outra vez, a cabeça na porta, e passei todo o caminho pensando nele. Como eu queria chegar e poder abraçá-lo, mas não seria possível. Quando a noite caiu, o céu ficou repleto de estrelas e a lua saiu mais bela que nunca; só que ela parecia solitária e minha estrela não estava por perto. Então, decidi ficar ali, lhe fazendo companhia, para que nem ela, nem eu, ficássemos tristes. Depois de algumas horas, cheguei, finalmente, em casa e pude respirar aliviada. Mas aprendi uma lição muito importante nesta noite: nada de carona, por longos anos.

terça-feira, 1 de setembro de 2009



"Amar é quando não dá mais pra disfarçar..."(RN)

_É tão complicado encontrar o amor. Todos dizem que machuca e nas poucas vezes que acontece, ele se infiltra em, apenas, um coração. Mas, por quê as pessoas, mesmo sabendo disso, continuam essa constante busca?
_Porque ele é o sentimento que mais se aproxima da magia e o ser humano é encantado por magia.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Insônia.



Tinham sido fáceis, as noites com a presença dela no meu quarto, mas é que ele estava do meu lado, me dando carinho e tentando me fazer dormir. Ela até havia desistido de me atormentar. Só que, agora, ela voltou. E dessa vez veio mais forte do que nunca, e está me incomodando muito. Acho que é porque estou só. É, deve ser isso.

O problema é que não sei o que faço para poder sonhar, se essa voz insiste em não me deixar dormir. Ela grita, me chama, me atormenta, me incomoda. Me incomoda muito. Não é a primeira vez, muito menos a segunda. Ela não desiste e gosta de me ver rolando de um canto a outro da cama sem conseguir dormir. Me fazendo pensar, pensar e pensar. Mas eu não quero mais pensar. Eu só queria dormir e sonhar. Sonhar que meus sonhos voltaram, que minha cama anda quentinha e aconchegante, como sempre foi. Que minha manhã vai ser ensolarada, e que eu não vou vê-la chegar. Quero que o espetáculo do dia seja uma grande surpresa para mim, e não, que os meus olhos presenciem ele se formando, mesmo que vez ou outra, goste que isso aconteça. Estou cansada de olhar os quadrinhos que formam o meu telhado, e ver que eles só me convidam a caminhar, me mostrando um caminho reto, mas com um monte de obstáculos. Até a minha fadinha, que é encantadora, perdeu todo o seu brilho essa noite. Suas asinhas, de longe, pareciam formar uma lágrima, de tão unidas e quietas. Pedi que ela brilhasse, que me alegrasse, me fizesse companhia, enquanto os meus sonhos chegavam, no entanto, ela não me deu ouvidos e continuou ali, parada, triste, sem me dizer uma só palavra. Acho que ela queria que eu entedesse, que nem as fadas podiam fazer nada por mim, apenas os anjos (o anjo) . E eu entendi. Passei a noite contando os círculos que enfeitam o meu cinto. Acabando e começando outra vez. Desejando não estar só, naquele momento. Porque é muito ruim estar só. Nada de leite morno com chocolate, nem asas longas e quentes, nem abraços apertados, muito menos beijos molhados para me fazer dormir. Nada. Era apenas eu e a camisa branca com alguns números que se somados formam um 9 (e isso me lembra muito ele). Eu conseguia me sentir abraçada por grandes momentos, mas depois o pensamento vinha e nocauteava a minha imaginação.

A noite continuou assim, com uma madrugada muito fria, até que as primeiras luzes começaram a surgir pelo vidro da janela e tocar o meu corpo. Eu levantei, subi, e fiquei sentada na janela, olhando para o horizonte, como costumo fazer, esperando o sol nascer. Só que as luzes eram do dia, e não do sol. Estava tudo nublado, e dias nublados são sempre tristes.

"Meus olhos podem ver você, mas eles não enxergam.

Perdido no relógio, um segundo que não quer passar.

O travesseiro acorda e ri enquanto eu conto os dedos.

E os cabelos que arranquei de tanto desejar,

dormir como uma pedra ." (Capital Inicial)



PS: Feito antes das 9h da manhã.


segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Família!


Esse semestre foi pesado, demais, na faculdade. Parecia que nunca iria chegar ao fim, mas chegou. Chegou e eu sobrevivi a Teoria da Comunicação e a Teoria do jornalismo (assim espero). E olhe que nem me esforcei tanto.
Com o fim do semestre, vêm, então, as tão sonhadas férias. Férias! Duas semanas inteiras de lindas férias. Eu só posso estar sonhando. Chegar em casa, abraçar meus pais, beijar minhas sobrinhas, pular em cima da minha amiga melhor, matar meus avós de um abraço muito apertado, e brincar com os meus irmãos. É demais pro meu pobre coração.
Quero comer pão com queijo quentinho de manhã, quando acordar. Pedir a benção aos meus pais e poder dar um abraço demorado nos dois, ir lá pra casa da minha vó deitar no sofá, já bem velhinho, e vê TV até a minha mãe me chamar para ir para casa. Passar a tarde vendo filme do lado da minha amiga melhor, e depois ficar na área deitada olhando pro céu e falando sobre tudo o que aconteceu quando nós estávamos distantes. Se der, ainda, passo a noite por lá, fazendo algazarra na cama dela. Muito massa essa sensação de estar em território firme, sentir o coração seguro, ganhar carinho em excesso, cuidados direcionados a mim. Muito bom! Calor humano! Família!
O único problema é que se eu tiro férias, o meu anjo também faz a mesma coisa, e isso não tem “gracinha”. Não tem nenhuma “gracinha”. Eu fico triste e com muita saudadinha dele. Sinto-me tão desprotegida e só o deixo ir, porque sei que ele precisa tirar férias de mim. Meu anjo anda um pouco confuso, ultimamente. Está sem saber se Deus ainda vai permitir que ele continue me aquecendo com suas longas asas e me aconselhando como vem fazendo sempre (se bem que isso ele nunca deixará de fazer).
Embora distante, tenho sentido ele cada vez mais próximo de mim. Sinto sua respiração, seu toque, sua atenção, seu amor. Adoro ler as mensagens que ele me manda pelo pombo correio. Elas chegam, ainda, com o calor e cheiro de suas mãos, me fazendo sonhar e reproduzí-lo para mim. Com isso vou suprindo a falta que ele está me fazendo, e vou tentando diminuir, o máximo que posso, a distância entre nós.

Fica aqui o acróstico feito pelo meu anjo, tentando exprimir uma intensa saudade:
"Se fosse mais difícil que isso, como seria?
Antes de você, saudade parecia simples.
Uma vez ficar sozinho e triste é tão ruim!
Duas vezes assim é bem pior; mais triste.
Aí eu só consigo chegar à conclusão que,
Da próxima vez, você tem que vir comigo,
E então será mais fácil não sentir SAUDADE!" (Anjo)

domingo, 16 de agosto de 2009

Minha "amiga melhor!"




Depois de um dia inteiro chorando em cima de um colchonete, o sol, finalmente, decidiu brilhar um pouquinho para mim. A dor está muito evidente, mas nada que uma mensagem de alguém, mais que especial, não melhore.
Da sexta para o sábado minha vida sofreu uma mudança drástica: de linda, florida e bela, ela passou a ser feia e cinza. Na verdade, eu não entendo, até agora, como aconteceu tudo isso. Injustiça, choro, feridas, decepção, tudo esteve presente neste dia tenebroso. Parecia que eu estava num pesadelo, e por mais que eu me esforçasse, era impossível despertar. No meio desses problemas, fiz uma "burrada" muito feia com a minha amiga melhor (é assim que a gente se trata). Por causa do meu desespero, e da minha falta de opções, liguei para ela no meio do meu choro, e, de certa forma, a acusei de ter feito uma bela sacanagem comigo. Eu sabia que ela não tinha culpa de nada, mas como eu falei anteriormente, por falta de opções ela estava na minha pequena lista. Eu precisava ouvir que ela não tinha nada a ver com o que estava acontecendo comigo. No entanto, como era esperado, ela ficou muito triste, por causa da minha desconfiança e por eu ter, mesmo que por um momento, duvidado dela. Logo ela, que é a pessoa que mais me dá forças, que me liga quando eu estou triste, que ri comigo quando estou feliz, que é lesa junto comigo, e acima de tudo, ela que eu, muito, amo.
Fiquei mal quando recebi uma mensagem dizendo assim: "Eita, Sayonara. Valeu. Jamais imaginei que tu tivesse uma mente tão fértil a meu respeito." Nossa! Isso me desmontou. Imaginem acordar, depois de ser bombardeada por informações jamais vistas, e ler essa mensagem de alguém que você ama muito. É para não levantar nunca mais. Eu deveria ter ligado antes, ter explicado, pedido desculpas, implorado que ela me perdoasse e me entendesse, mas não, eu dormi e esperei que ela se envenenasse com isso. Eu sou uma burra! Eu reconheço! Tratei logo de ligar para o meu anjo doce, e pedir que ele descesse rápido do céu e me abraçasse, tirando todo aquele peso de cima de mim. Que anjo eficiente! Ele chegou em minutos, e fez o que eu esperava, me acolheu nos seus braços, me aqueceu com suas asas, e, melhor, me mostrou o que eu deveria fazer. Tentei ligar para ela, porém ela não queria me atender. Como sempre, me desespero e começo a chorar, achando que isso vai resolver alguma coisa. Uma hora ela me atendeu, pedi desculpas e tentei me explicar, mas ela não quis me ouvir e rompeu ali nossa amizade. Porra!!! Decidi não pensar mais nisso tudo que está acontecendo. Me preocupei, apenas, em terminar o dia bem. Vi um filme (O som do coração), e, por fim, me aqueci com asas e consegui dormir. Mas, como diria não sei quem: "Depois da tempestade, vem sempre a bonança!". O sol entrou com muito brilho pela janela do quarto, e os raios tocaram o meu celular. Era uma mensagem dela, dizendo: "Já passou...bju, te amo, Magrelinha". Bom, acho que já imaginam o que aconteceu. O sorriso ainda está aqui, bem estampado no meu rosto.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Ciúmes!

"Hoje a noite não tem luar, eu estou sem ele..." (LU)



Há quem diga que ter ciúmes de alguém é falta de confiança, receio de perder alguma coisa ou até mesmo demonstração de amor. Não sei se concordo com nenhuma das ideias, pois ainda não tenho uma opinião formada sobre esse sentimento; a única coisa que sei sobre ele, é que se mal expressado pode te afastar de pessoas muito especiais.
Tive que aprender a lidar com ele através da dor, já que perdi várias pessoas que, ainda hoje, amo muito. Eu sempre fui uma pessoa, excessivamente, ciumenta. Ciúmes da família, dos meus ursinhos de pelúcia, das minhas amigas e, principalmente, dos meus namorados. Antes de entrar em qualquer relacionamento já antecipo esse detalhe da minha personalidade, para que depois não precise ouvir reclamações.
O fato é que atualmente isso não tem mais estado tão presente em mim. Tá ficando fácil, agora, dividir ou compartilhar com as pessoas, tudo o que eu amo. Hoje já não me importo tanto que ninguém abrace o meu pai e faça um carinho nele, não me incomoda que o meu irmão tenha uma esposa e ela viva enchendo ele de beijinhos, ou que as minhas sobrinhas brinquem com meus ursinhos de pelúcia. Não, isso não tem mais tanta importância, o fato disso acontecer não significa que eu também não possa agir da mesma forma.
Eu também não quero me incomodar com o fato de ela ter vindo fazer uma surpresa a ele, já que essa "surpresa" foi maior pra mim. Ele não podia mandá-la embora, e, mesmo que pudesse, não o faria. Eles são amigos e vão continuar sendo, eu não posso e nem quero mudar isso. Sei que mesmo surpreso ele ficou feliz em vê-la, e talvez eu me sinta um pouco machucada por ficar pensando assim. Não tenho motivos pra ficar aqui me martirizando. Todos são livres para entrar e sair de um relacionamento sempre que for preciso. E não é diferente entre nós. Sei que é muito bom, tudo o que nós vivemos juntos, que é verdadeiro, e não vai ser a presença dela que vai conseguir mudar a nossa história. Porém, não posso negar que vi uma lágrima escorrendo pelo rosto triste da lua, quando os vi, lado a lado olhando para o mar. Como eu desejei com todas as minhas forças que fosse eu que estivesse ali. Ou então, que fosse mais um dos meus pesadelos, onde eu acordo suada e nervosa, mas vejo que ele está do meu lado pra mexer no meu cabelo e me dar um monte de beijinhos enquanto eu tento dormir outra vez. No entanto não foi assim, eu estava acordada e ele estava do lado dela e não do meu. Era difícil mudar o foco, parecia que todas as pessoas ao redor haviam desaparecido e só tinha restado eles dois na minha frente. Como ele podia estar tão perto, e, ao mesmo tempo, tão distante de mim? Preferi ir embora, chegar em casa e dormir para ver se a segunda-feira chegava mais rápido. Não deu. A bagunça do meu quarto não deixou espaço para os meus pensamentos, que estavam mais criativos do que nunca.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Segredos!

...segredos que não podia guardar
e não conseguia contar...
(Engenheiros do Hawaí)


É doloroso quando as palavras insistem em não querer sair. Eu tento. Já tentei várias vezes dizer o que eu sei, mas eu não consigo. Não sei se é perceptível, porém desejaria muito que fosse, assim eu não teria que ficar nesse dilema do "conto-não-conto".
Tem aqueles momentos em que a vontade é de jogar, logo, tudo na cara, e esperar a reação. Não seria difícil entender, até por que tá tudo errado. Não tenho motivos para ter medo, só que é inevitável. Não sei como aconteceu, parecia ser tão bonito, tão verdadeiro, de repente se transformou em cacos, em pequenas mentiras. E eu odeio pequenas mentiras. São as que doem mais.
Como eu começo? O que eu digo? Falo de cara que já sei quem é, e que não me engana mais? Mas a quem tá enganando? Eu já sei quem é, há muito tempo, e ainda não tive coragem de olhar bem no fundo dos olhos e dizer as "5 letras, começando com a letra A". Fraca? Não. Paciente. Nem eu mesmo sei como sou tão forte a ponto de guardar tudo isso para mim, e suportar sentir o sal das minhas lágrimas escorrendo pela face durante horas, embaixo do cobertor. Talvez essa seja uma forma de esvaziar, e parece que funciona, pois já venho usando há muito tempo. Não resolve, mas ameniza.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Anjo doce!

"Eu vi um anjo de jeans azul, hoje.
Eu senti que ele derreteu toda a minha amargura pra longe;
Você sempre tentou tanto esconder suas asas atrás do seu casaco
Então deixe rolar e deixe-as livres"!
(Maroon 5)



As coisas resolveram ficar um pouco tortas esses dias. É a câmera que não funciona, a faculdade que perdeu a graça, meu avô que fica doente e ninguém me conta, o coração não vou nem citar porque tô querendo esquecer (um montão) dele. Mas, como minha mãe sempre costuma falar: "As pessoas só querem saber de reclamar, reclamar, reclamar e acabam esquecendo de agradecer o que tem".
Como esses dias ando reclamando muito da vida e com essa vontade enorme de largar tudo e voltar pro meu "cantinho", ficar perto da minha família e amigos, foi que recordei de uma cena em que eu estava me lamentando e odiando o mundo só por que havia perdido o meu relógio favorito, que tinha sido dado por uma amiga que estava de mudança da minha cidade para o Rio de Janeiro. Eu chorava igual uma criança e saia andando pela casa reclamando e derrubando tudo. Mamãe ficou só esperando que eu me acalmasse. Quando isso aconteceu ela se aproximou de mim e falou baixinho que pior seria se eu tivesse perdido a minha amiga. Sábias palavras. Nem soube o que falar, apenas a abracei, sorri e agradeci.
Bom, seguindo seu pensamento, decidi esquecer o quanto estou confusa em relação a mim e parar, agora, para agradecer a presença de um anjo lindo que foi colocado na minha vida e na de muitas pessoas que se alegram e adimiram a gentiliza e humildade desse anjo.
Quase todas as manhãs é o nome dele que aparece na tela do meu celular, me acordando para ver o dia lindo que faz fora das paredes do meu quarto. É a voz dele que confronta com a minha, ainda rouca e cansada por ter acabado de acordar, me dizendo "Bons dias, menina"! Dele vem o primeiro sorriso, o primeiro abraço e o primeiro beijo das manhãs, que me transmitem paz e serenidade.
A esse anjo incumbido de uma missão quase impossível (cuidar de mim), agradeço a presença; o ombro amigo, que eu sempre molho com minhas lágrimas de saudade, tristeza ou alegria; por me puxar de debaixo dos carros (risos); por me salvar de um louco que quase arrebenta minha cabeça, na praia; pelas mordidas seguidas de beijos; por me ensinar a atravessar a rua; pelos carinhos; a companhia; atenção; os abraços, estupendamente, apertados; por suportar minhas mudanças de humor e meus ciúmes (esse tira qualquer um do sério, incluindo os anjos). Olhe, agradeço até quando ele briga comigo e termina assim: "Vai dizer que eu não tenho razão?" (trilhões de sorrisos).
Fiquei pensando como retribuir a tuuuudo isso que ele faz por mim. Pensei em dar a lua, o brilho do sol e o sorriso das estrelas, mas são coisas que eu não poderia alcançar e que, de certa forma, já pertencem a ele. Decidi, então, que não haveria retribuição maior do que o meu amor e a minha admiração. Obrigada, anjo doce! Eu te amo!

domingo, 2 de agosto de 2009

Menina triste...


Eu já tinha prometido para mim mesma, que nada, nem ninguém ia me deixar triste por hoje. Só por hoje, tentei terminar a noite feliz, mas não deu, nunca dá. Já tô cheia dessa tristeza que não quer me deixar em paz. Fico aqui tentando me reconhecer por baixo dessa nuvem negra que insiste em me desnortear.
Que saudade dos meus sorrisos largos, abraços apertados, beijos com gosto de chocolate, sinceridade (essa é a que faz mais falta). Queria agora, nesse momento, fechar os olhos e acordar depois de uma limpeza cerebral, que não deixasse nenhum vestígio do que eu sou agora. Começar do zero, nascer outra vez. Que merda! Tô sufocada! Meu coração não se acalma, bate cada vez mais rápido, mais, mais e mais. Acho que vou explodir. Tem um sentimento horrível me engolindo por dentro, e nem sei o que faço com ele.
Passei horas e horas tentando escrever um texto, que teimava em não sair. Rasguei folhas e mais folhas do meu caderno, todas rabiscadas com a tinta da minha caneta que já está bem velhinha, coitada. Não consegui escrever nada. Fato!
Já faz tempo que a cabeça tá uma bagunça, e mais tempo ainda que tento organizá-la. Meu HD tá sem espaço, o coração precisa de formatação, e o botão do volume quebrou. É por isso que eu grito e ninguém me ouve!

Vamos ver no que vai dar!!


Ainda não sei por que vou começar a escrever sobre a minha vida em um blog, se eu nunca gostei de falar sobre ela com ninguém. Na verdade eu achava uma "chatice" contar os meus problemas para pessoas que não tinham nada a ver com a situação que eu estava vivendo. Acredito que vou poder descobrir o porquê ao longo das minhas postagens.
A maioria das pessoas que conheço argumenta que escreve para desabafar ou, simplesmente, porque adora escrever e encontra na escrita uma espécie de fuga da vida real. Não sei se me enquadro em um desses casos, mas no momento a explicação mais viável seria a primeira, já que minha vida nunca esteve tão conturbada como agora, que estou me vendo entupida de sentimentos e sensações que não podia ou não queria contar a ninguém, até decidir fazer este blog.
Fico um pouco acanhada em saber que muitas pessoas, de certa forma, ficarão sabendo o que acontece nos meus curtos dias e longas noites, no entanto estou a fim de provar novas experiências e esta será uma delas. Não pretendo me prender a nenhum tema. Quero falar sobre tudo que me fizer feliz ou triste: amigos, estudos, paixões (passado e presente), o sol, a lua, minhas tenebrosas noites e minhas (lindas) borboletas.
Por isso puxem o banquinho, liguem o PC e "sintaxe" a vontade para entrarem no meu mundo e compartilharem comigo os grandes momentos de minha vida. Bem vindos!!!