terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Essa mulher - Arnaldo Antunes


"Ela quer viver sozinha
sem a sua companhia,
e você ainda quer essa mulher

Ela goza com o sabonete
não precisa de você.
Ela goza com a mão
não precisa do seu pau

Ela quer viver sozinha
sem a sua companhia
e você ainda quer essa mulher

Que não sente a sua falta
e quando você chega em casa ela não sente a sua presença
Ela tem um travesseiro mais macio do que o seu braço
e um acolchoado muito mais quente que o seu abraço

Ela quer viver sozinha
sem a sua companhia
e você ainda quer essa mulher".

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

"Se a gente lembra só por lembrar..."

"Porém, se a gente vive a sonhar
Com alguém que se deseja rever
Saudade, entonce, aí é ruim
Eu tiro isso por mim,
Que vivo doido a sofrer"...


Depois de uns tempos sem dar as caras por aqui, resolvi tirar as casinhas de aranha do meu blog!! As coisas não mudaram muito desde o último post. Na verdade, elas continuam corridas e sem graça, como sempre. Os problemas só aumentam, assim como as dívidas.

Hoje seria um dia perfeito pra sumir um pouquinho, estar com alguém legal do lado, curtindo um bom papo, observando a cor da tarde quando o sol se põe. E como tenho saudade de estar lá fora, no mundo, num fim de tarde, sentindo os raios de sol na pele, sentindo a brisa do mar, a areia a machucar os pés, a sujar as pernas, a bagunçar o cabelo. Que saudade eu tenho da melancolia que o mar me traz. Tudo isso lindo lá fora, e eu aqui, sentada na frente desse computador, aleijando minha coluna e estragando minha visão.

Bons tempos era os que eu podia escrever livremente, andar abertamente, sorrir pra qualquer um, sem pensar na pilha de trabalhos que ficam me esperando em casa, sempre que eu dou as costas à porta da frente; Que falta faz o sofá vermelho, que ficava em frente da TV, na salinha de estar da minha casa. Que saudade do meu avô me mandando tirar os sapatos e a farda da escola, porque minha cabeça tava pegando fogo, e eu podia infartar dalí a pouco.

Que saudade da minha infância, de deitar na frente da TV, ainda sem almoçar, e esperar meu vôzinho trazer aquele prato de arroz com carne frita, e um copão de suco de morango... Sabe? Aqueles de saquinho, que deixam a boca completamente vermelha. =)

Que saudade de andar na rua só de calcinha, carregando uma pilha de livros, e chegar na casa de Rosana chamando ela pra bincar de escolinha. E dali a pouco, lá vinha Mainha, gritando, mandando eu ir calçar minha sandália pra não adoecer. Que falta faz sentar na salinha de casa, entre o balcão e a porta de entrada, quando faltava luz, e ficar implorando pra minha irmã (Samara) ficar cantando a musiquinha do Boneco de Lata comigo, porque eu morria de medo do escuro. Ela me xingava, mas adorava estar comigo. Eu sei.

Tenho saudade também da adolescência. Saudade de dizer a Mainha que tinha aula de reposição a noite, só pra ficar sentada, com Aline e Rillandgy, em frente à creche que ficava perto da escola, tomando Sapupara d elimão, [risos] até 21h da noite. Três loucas, adolescentes, achando que beber, naquela idade, era a maior aventura do mundo. Doce ilusão!!

É! Saudade dói. Dói, e hoje tá machucando um bucado. Queria mesmo era ver a cor do dia, a cor do sol, jogar tudo pro alto!! Só hoje!! Só agora.


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Aluga-se



"A insônia acompanha o destempero.
E nesse embalo, não há nada que eu espero.
Sem ter quem me diga se é certo ou não,
Eu alugo meu coração.

Não é tão mobiliado assim,
Não se pode tomar como exemplo,
É o melhor que há em mim,
Eu alugo, por que eu não vendo.

Os gritos, que no vácuo ecoam,
Pra chamar atenção, à toa.
Pra encontrar alguém, ou não,
Que cuide bem do meu coração.

Uma ocupante de tempos atrás,
Não é uma cabível opção.
Não há outra saída, mas,
Ainda assim, alugo meu coração

Como aluguel, um pagamento,
Beijos, atenção, abraços,
Compreensão, sentimentos.
Amor, respeitando os espaços.

Aqui está,
Um coração a alugar.
Na esperança que o próximo inquilino,
Venha melhor cuidar,
Do meu coração,
Que está pra reformar".


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

E só...

E aí você me pergunta: Por que isso te incomoda?!
E eu te respondo: Porque eu ainda amo você.
Seu [silêncio]; Você já não tem mais o que responder.
Minhas [lágrimas]; Só eu tenho o que lamentar.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Se eu fosse..

Se eu fosse um mês, eu seria: Janeiro.

(É sempre o começo)

Se eu fosse um dia da semana, eu seria: sexta-feira.

(Véspera de Final de semana é sempre bom)

Se eu fosse uma hora do dia, eu seria: 21:09.

(Essa é a hora em que as melhores coisas da minha vida aconteceram).

Se eu fosse uma direção, eu seria: Norte.

(Dá impressão de seguir em frente. Sabe a frase: Alguém me dá um norte?)

Se eu fosse um líquido, eu seria: suor.

(Seria mais humano).

Se eu fosse um pecado, eu seria: a preguiça.

(Na verdade eu acho que sou, já. =D)

Se eu fosse uma pedra, eu seria: um diamante.

(Difícil de quebrar).

Se eu fosse uma flor, eu seria: um girassol.

(Tem luz).

Se eu fosse um instrumento musical, eu seria: uma bateria.

(É muito irado o som da bateria, e me anima também).

Se eu fosse um elemento, eu seria: o sol.

(Pra iluminar tuuudo).

Se eu fosse uma cor, eu seria: preto.

(É minha cor preferida).

Se eu fosse um bicho, eu seria: uma borboleta.

(Pra poder viver intensamente meu único dia de vida e ainda poder voar).

Se eu fosse uma música, eu seria: Borboleta

(Essa música transmite uma necessidade de mudanças, que eu tenho).

Se eu fosse um estilo musical, eu seria: Pop Rock

(Acho estiloso)

Se eu fosse um sentimento, eu seria: amizade verdadeira.

(Tá faltando no mundo).

Se eu fosse um lugar, eu seria: O lago de Zurique.

(Transmite muita paz, e tem um sol lindo que se põe por lá).

Se eu fosse um gosto, eu seria: de chocolate.

(Impossível alguém não gostar).

Se eu fosse um cheiro, eu seria: Cheiro de colônia de bebê.

(Lembra o cheiro das mãos das minhas sobrinhas, [até pude sentir]).

Se eu fosse uma palavra, eu seria: Sim.

(Porque "sim" é caminho).

Se eu fosse um verbo, eu seria: amar.

(É fácil de conjugar, mas difícil de viver).

Se eu fosse um objeto, eu seria: um livro.

(Queria guardar lindas histórias de amor).

Se eu fosse uma parte do corpo, eu seria: Boca

(De onde saem os lindos sorrisos).

Se eu fosse uma expressão facial, eu seria: Um sorriso.

(Na verdade, um não, queria ser todos eles).

Se eu fosse um filme, eu seria: Simplesmente Amor.

(Mostra a realidade dos relacionamentos).

Se eu fosse um número: 07

(Gosto da imagem desse ganchinho).

Se eu fosse uma estação, eu seria: Primavera.

(Gosto de cheiro de flores).

Chuck e Blair...

...sempre me deixando sem palavras.

O que é amor?!!


Amor é quando você fala para um garoto “que linda camisa ele está vestindo” e aí ele a veste todo dia.

- Noelle, 7 anos.

Amor é quando você sai para comer e oferece suas batatinhas fritas, sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela.
- Chrissy, 6 anos.

Amor é quando alguém te magoa, e você mesmo muito magoado não grita porque sabe que isso fere seus sentimentos.
- Samantha, 6 anos.

Amor é quando seu cachorro lambe sua cara, mesmo depois que você deixa ele sozinho o dia inteiro.
- Mary Ann, 4 anos.

Amor é quando minha mãe faz café para o meu pai e toma um gole antes para ter certeza que está do gosto dele.
- Danny, 6 anos.

Amor foi quando minha avó pegou artrite, e ela não podia se debruçar para pintar as unhas dos dedos do pé. Meu avô desde então, pinta as unhas para ela.
- Rebecca, 8 anos.

O amor não é quando o seu amor corre de você no pega-pega, e sim quando ele te da a mão e chama para correr com ele.
- Mary, 6 anos.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

"I love you, B".

Coisas que eu sei...

Tati Bernardi gritando no meu ouvido, tudo o que eu sei, mas não quero lembrar.

"Mas chega, se não houve troca, chega, porque amar sozinho é solitário demais, abandono demais, e você está nessa vida para evoluir, não para sofrer. Hoje eu acordei sem ter quem amar, mas aí eu olhei no espelho e vi, pela primeira vez na vida, a única pessoa que pode realmente me fazer feliz."

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Havia alguém...


...para me ouvir comentar sobre alienígenas que apalpam bundas por cima da toalha, sempre quando ele acaba de tomar banho.

...para me pedir pra procurar os cartões, que ele sempre perde pela bagunça do quarto.

...para eu espremer contra a parede ou contra o sofá, na hora de dormir, e deixá-lo com, no máximo, 30% do colchão.

...para que eu possa encarar, de vez em quando, através do espelho, enquanto escova os dentes, fazendo-o sentir saudades de um tempo em que isso acontecia todos os dias.

...para me vestir com todas as roupas dele - calção, camisa e, às vezes, até cueca - pouco antes de ir dormir.

...para me mostrar seus novos sucos.

...para que eu possa escalar como se fosse o Everest mais divertido e sem riscos que existe.

...para me assustar - pode crêr, me assusta tanto, a ponto de eu ter colocado isso numa ficha de seleção de estágio - com uma cara de "o exorcista", que consiste apenas em mostrar, o máximo que ele puder, a parte branca dos meus olhos.

...para que eu possa mostrar um corte no dedo ou na mão e esperar ele perguntar: "Por que não colocar um bandeide". E aí eu respondo: "Não precisa. O corte é muito pequeno".

...para quem eu possa me vangloriar por algo que fiz e esperar ele dizer que eu não consegui sozinha, e aí eu dizer que foi sim, e esperar ele dizer que André me ajudou. Só que é mentira, porque André nem tava lá no quarto.

...para me chamar pluralmente de Sayonaras. Ou então, responder ao meu "Oi, meu bem", com "Oi, minha boa".

...para eu esperar, em um ponto de ônibus, ele sair do trabalho, só para irmos no mesmo ônibus para casa, pra faculdade ou para onde quer que fosse...


Havia alguém que me fazia feliz, mas esse alguém não "have" mais.

Adaptação do texto original de Cadu Vieira: "Não tem ninguém?!"
http://fragmentosdecotidiano.blogspot.com/2011/08/nao-tem-ninguem.html

sábado, 17 de setembro de 2011

Canto e penso...

Eu sou aventureiro e você não merece isso.
Eu tô comprometido em não me amarrar jamais.
Aliás eu tenho medo de sofrer,
antes que seja tarde então vamos parar com isso.

Não, não tem outro jeito já que está ficando sério.
É. Quando um não quer dois nunca formam um casal.
Eu tô mal só de pensar que vai doer,
antes que seja tarde então vamos parar com isso.

Eu nesse faz de conta,
meu coração desmonta,
teu coração padece,
isso me entristece.

Seu corpo quer um ninho,
eu, só voar sozinho,
sem metade de nada,
sigo por essa estrada.

É, o destino é quem vai saber depois,
se vamos viver sós ou pra nós dois.
Que o bom Deus lhe conceda amor e paz,
quem sabe eu volte um dia ou nunca mais.

O destino é quem vai saber depois,
se vamos viver sós ou pra nós dois,
que o bom Deus lhe conceda amor e paz,
quem sabe eu volte um dia ou nunca mais.


(Revelação - Aventureiro)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Devaneios!!


Desculpa, Nick. Me perdoa por estar te incomodando a essa hora, mas é que meus pensamentos não conseguem ficar em silêncio. Ontem pensei em te dizer tanta coisa, afinal, você é a única pessoa que realmente está todo o tempo comigo. Que vê minhas angústicas e inquietações. Ao mesmo tempo sei que nada do que está acontecendo é culpa sua, Nick. Nada!! Acho que quase tudo é por causa de mim, por causa do meu jeito idiota de amar as pessoas, de querer molda-las pra mim, sabe? Senti tanto a sua falta ontem a noite. Minha cama tinha um buraco semelhante ao da camada de ozônio. Acho muito errado você me deixar sozinha assim, sem falar nada, simplesmente desaparecer. Eu sei que você precisa dar atenção a ela. Soube que vocês foram ver a lua ontem lá de cima da montanha. Fiquei com um pouquinho de inveja, Nick! Não posso negar isso. Mas logo consegui dormir. Acredite! A noite foi atípica. Ela sempre é quando você não está. Nada de sono, nada de carinhos na orelha, nada de mão boba embaixo dos lençóis. Nada, Nick. Nada mesmo. Eu até tentei distrair o tempo vendo uma nova série, que uma amiga me passou. Adolescentes drogados, embreagos, fazendo sexo o dia inteiro e se metendo em confusão. (risos) Sei que você odeia isso, e mesmo assim ainda deita pra assistir comigo. Na verdade você dorme na maior parte do tempo. E como é bom ter você ali, mesmo dormindo. No meu abraço. A série foi uma boa distração, mas nada que cubra a falta que você me faz. Ontem me senti sem nada. Sem amigos, sem emoções, sem família. E lembrei do quanto você acha idiota quando eu falo isso. Porque você adora dizer que o mundo inteiro me ama. Mas, a gente sabe que isso não é verdade, Nick! A gente sabe que são só momentos. Que ora eles estão, ora não. Só que você está o tempo todo, mesmo quando não está. Você está na toalha jogada em cima da cama, na mancha de água no meu travesseiro, no ventilador desligado, nas roupas jogadas ao chão, no silêncio da sala, nos risos contidos no canto dos lábios, nos meus ouvidos, nos meus seios, nas minhas mãos. Não pensei que fosse ser tão difícil abrir mão de você, Nick! Te soltar?! Eu não deveria ter feito isso, não era?! Sua irmã bem que me avisou. "Só saia se for pra fechar a porta pra sempre, Sayonara. Não saia com a intenção de voltar". E eu tinha, Nick! Tinha intenção de voltar a qualquer momento. Intenção de te olhar nos olhos e esperar você ler o que eu tinha no coração. Só que fui perdendo a coragem, fui largando o papel, joguei fora a caneta. Já não me sinto mais no direito de atrapalhar sua vida, muito menos o seu caminho pra felicidade. Nós decidimos, não foi? Decidimos juntos ficar separados. E eu aceitei. Aceitei com dores no peito e lágrimas caindo no pé. Você não. Sempre quis ter sua coragem. Você aceitou como um homem, Nick! Me mostrou as costas e disse "adeus". Eu, boba, menina, chorei. Eu sou uma idiota, não é? Acho que vou continuar sendo, pelo menos por enquanto.




terça-feira, 6 de setembro de 2011

Diá(s)lo(n)gos 2

(...) E ela foi enfática ao gritar que eu podia dizer tudo o que sinto. E eu disse. Gritei tudo o que sinto. E nesse momento um silêncio ecoou pela sala, se alojando nos quadros e paredes amareladas pelo sol. Ela me olhou espantada.

__ Você tem que sentir algo. Frio, calor, pele, carinho. Você não sente carinho?
__ Não. Meu corpo já não responde mais, Aninha. A nada. Hoje só sinto pelo que já não sinto mais.
__ Então, ainda sente alguma coisa, não é?
__ Sentir falta do que se tinha e agora já não tem mais, é sentir o que, Aninha?
__ Sentir saudades, Sayonara.
__ Mas, nem isso sinto mais. Porque saudade eu conheço, mas não consigo encontrar em mim.
__ E onde você tá procurando?
__ No coração.
__ Talvez precise procurar na cabeça, agora.
__ É. Talvez (...)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Lembranças?!


"Eu não vou te impedir de partir. Não vou te segurar. Se for isso o que você quer, pode ir. Mas saiba que está acabando com tudo. Tudo o que poderia ter sido. Não haverá segunda chance, ou um futuro próximo. Se você quer mesmo ir, vá. Mas vá para sempre, sem a mínima intenção de voltar. Matarei o amor, da mesma forma que o permiti entrar quando tu chegaste. Você, com um simples passo diante da porta de saída de minha vida, destruirá tudo o que construímos. Espero que esteja consciente. Espero que tu saibas o que está fazendo. Porque, eu nunca dei o braço a torcer, e não é dessa vez que será diferente. Trancarei as portas, e tu jamais terás a chave novamente. Mas, se isso poderá te ajudar, saiba que eu não quero. Não quero que você saia assim, desse modo, sendo que ainda há tantas coisas para vivermos. Não quero que você me deixe, pois nesses últimos tempos, você virou o centro da minha vida. Não estou preparada para apagar qualquer vestígio teu às pressas, como também, não estou com forças o suficiente para me reerguer, caso você decida partir o órgão que tanto prezo. Só te peço, baixinho, sem a intenção de implorar, sem compromisso, nem sequer em tom de desespero. Fique. Fique comigo, até quanto tuas forças cessarem. Fique aqui, do meu lado, até o meu último suspiro. Eu não quero que você se vá. Não quero me desprender. Mas, você sabe, não é? Sabe que se tua decisão for mesmo a de me deixar, não haverá mais volta".

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

(Pós)-lou(cura)


Três coisas que aprendi com a minha última lou(cura):

1 - Shampoo e sabonete são dispensáveis na vida.
2 - Nem sempre quando alguém diz que quer te ajudar, esse alguém realmente está disposto a ir fundo nisso.
3 - Não adianta muito ter um par de pés, se você não sabe para onde deseja guiá-los.

=D

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Vivendo a canção =(


"Se a gente lembra só por lembrar
Do amor que a gente um dia perdeu
Saudade inté que assim é bom
Pro cabra se convencer
Que é feliz sem saber
Pois não sofreu

Porém se a gente vive a sonhar
Com alguém que se deseja rever
Saudade, entonce, aí é ruim
Eu tiro isso por mim,
Que vivo doido a sofrer

Ai quem me dera voltar
Pros braços do meu xodó
Saudade assim faz roer
E amarga qui nem jiló

Mas ninguém pode dizer
Que me viu triste a chorar
Saudade, o meu remédio é cantar
Saudade, o meu remédio é cantar

Lailailailalailailalailailalailaila"


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Diá(s)lo(n)gos

Esperando o ônibus:

__ Tá tudo muito estranho. É difícil a convivência com ele.

__ Você tem que ter paciência. São pessoas diferentes.
__ Mas não precisavam ser tão diferentes. Eu nem sei o que conversar quando tô com ele.
__ Claro. Ele é outra pessoa.
__ Esse sim é o problema.

Vi, li e adoreeeei!!

Minimamente feliz!!

A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida.


Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.

Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.

'Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', sou adepta da felicidade homeopática. 'Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a fechar (ufa!) ou se pego um congestionamento muito menor do que eu esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.

Alguns crescem esperando a felicidade com maiúsculas e na primeira pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos. Agora, se descobre que dá pra ser feliz no singular: 'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível'.

Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado, ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes'
.

Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.

Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando'. Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje.

Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?

Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades. Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam. Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera.

Leila Ferreira, jornalista

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Vi, li e adoreeeei!!

"O problema com contos de fadas é que eles levam uma garota ao desapontamento. Na vida real, o príncipe foge com a princesa errada... Ou o feitiço acaba e os dois amantes se dão conta de que são melhores com o que quer que sejam. Mas, vou confessar, de vez em quando uma garota consegue seu final feliz."

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sen(ti)r

Se me pegas, me arrasta, me quebra.
Me morda, me assopra, me lamba.
Me invada e me coma.
[Mas, depois me deixa]

Se te pego, te como, te giro.
Te enlaço, te bico, te chupo.
Te arranho e te jogo.
[Mas nunca te abraço]

Se sabes, sou nua, sou mais.
Sou vadia, completa, voraz.
Sou guia, sou vida, sou gás.
[Mas, tua, jamais]






segunda-feira, 8 de agosto de 2011

=)


Ah, se ele soubesse que eu (Só)riu, porque ele me olha!!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

"FLAMENGO é FLAMENGO"!!!

Não tem como deixar passar em branco a vitória fodástica do MENGÃO destruidor de sonhos em cima dos peixinhos de água doce /Arthur Muhlenberg. Porra, bicho! Que jogo foi aquele?!! Não posso negar, eu não estava acreditando numa vitória do FLAMENGO em cima do peixe. No máximo, um empate. Mas, ainda bem que eu errei, e que pude ver, com esses dois pequenos olhos, o MENGÃO calar a boca dos peixinhos.

Meu coração torceu calado dessa vez. Eu tava meio morgada na hora do jogo, acho que por causa de problemas ligados ao coração, mas FLAMENGO é FLAMENGO, e quando ele entra em campo você esquece que essas coisas doem. E foi isso que aconteceu. As dores pararam por 94 minutos e o alívio que veio depois amenizou a dor de coração.

Como eu disse, comecei o jogo sem muita fé na vitória. Até no bolão apostei derrota do FLA. Na teoria tava muito difícil. Eles têm um time muito bom. Acabaram de ser Campeões da Libertadores. Tinham seus melhores jogadores de volta. Vinham com salto alto, dentro de casa, lugar onde só ganhamos três vezes, contando essa partida, que entrou pra história. Mas, é isso, meus caros, no futebol pode até ter favorito, mas, antes de a bola rolar, não se tem ganhador. E de ganhar a gente entende.



Nós temos o único time invicto do Campeonato, um dos melhores goleiros, o artilheiro da competição. Nós temos quase tudo pra HEPTAR, só nos falta uma boa defesa. E como nos falta!!! Wellinton, Angelin e David, nem vou comentar Jean, porque ele mal entra em campo. Nossa zaga é um baita putaquepariu. Um putaquepariu especial pra Wellinton, que deixou Neymar, mesmo caído, dar um passe pra Borges, meu amigo. E Borges ainda marcou o gol. É F***! Fiquei puta com esse lance. Não só com esse, mas muitos outros que vêm acontecendo no Campeonato. Não vou nem comentar a falha do camisa três, no gol do Ceará, finzinho do segundo tempo. Se a gente não estruturar essa zaga, vai ficar complicado continuar no topo. Os caras vacilam demais.

Bom, mas vamos falar de quem sabe fazer a coisa. Vamos falar de quem marcou três gols e ainda teve coração pra cobrar aquela falta de forma mentirosa, meu amigo. Desde o começo, Ronaldinho, o cara, o inacreditável, estava querendo jogo. Corria, pedia a bola, se desmarcava e a bola não chegava. Só que ele não parava. Ronaldinho fez nessa partida, em minha opinião, sua melhor atuação no Campeonato Brasileiro. Bicho, é só o craque aparecer que o jogo se resolve. Hoje, quando abri o Twitter, o Facebook, o Orkut, o MSN, tuuuuuudo só falava dele. Ronaldinho ficou estampado nas capas de jornais e de revistas de todo o Brasil. Ontem ele mostrou que mais vale um Gaúcho no MENGÃO, do que um menino metido a Pelé no Santos. Foi demais!! Esse sim foi um Inacreditável Futebol Clube.

Não posso deixar de comentar sobre Thiago Neves. O cara vem dando o sangue em todas as partidas, tem corrido pra c****** em campo. Se dedicando ao máximo. E ainda deixou o seu golzinho na Vila Belmiro. Ah, ainda teve o gol de Deivid, que até agora ainda não consigo entender como aquela bola entrou. Ele estava quase totalmente sem ângulo pra cabecear. Mas, deixa que Froide explica, né?! (risos)

Outro destaque da partida foi o menino Luís Antônio. Moleque travesso, rapaz. Tava lançando bola de todo lado (risos). Bela atuação. Tomara que o braço dele esteja bom, agora. Fiquei com uma dó quando ele saiu [que dó, que dó, que dó!! (risos)] Mas, dó mesmo, eu tive do Elano. Coitadinho, gente! Depois da miséria na Copa América, ele conseguiu perder mais um pênalti. Opa! Perder?! Ah, não! Foi só um tal de Felipe que pegou (risos). E ainda saiu fazendo embaixadinha, só pra humilhar.

É isso, gente! Corações aliviados, três na conta, torcedores felizes, noite bem dormida e peixinhos afogados. Uma nação inteira completamente feliz com aquele show de futebol. Porque foi um show, mesmo. Como diria Muricy: “A bola pune!”. E como disse o GE, ontem à noite: “O FLA pune”. E como eu digo sempre: “Deixou chegar Fudeu”. É nóis!!! Bora, MENGÃÃÃÃÃO!

terça-feira, 19 de julho de 2011

???????




Página 34

Vou te dar um conselho simples e direto: nunca fique com um cara, só porque ele é legal e gosta de você. Quando seu coração está preso ao de outra pessoa, não adianta todas as bajulações, os carinhos, os beijos que esse cara de dá. Você pode até gostar no comecinho, enquanto a carência ainda está viva dentro do seu peito, mas depois, minha amiga(o), essas coisinhas vão ficando tão chatas e melosas que você não aguenta mais nem olhar pra cara do sujeito. Como dizem os grandes filósofos: amor não se escolhe. Não tente isso. Não fique procurando a pessoa certa, o cara perfeito, pelas qualidades, pelas semelhanças que vocês têm. Isso é tudo bobagem. Quando o amor é realmente encontrado, não interessa o quanto ele adora Rock pesado e você curte música romântica. Tão pouco o gosto ridículo dele por olhar baratas entrando em buracos na parede e o seu pavor de borboletas (elas são tão lindas). Nada disso. Quando o amor da nossa vida entrar pela porta da frente, poder ser até pra te trazer uma pizza quatro queijos, o seu coração vai reconhecer. Nós passamos muito tempo esperando esse momento. Fazendo planos, ensaiando atos, imaginando momentos, por isso é normal tantas ilusões no decorrer do caminho. É normal achar que o amor dedicado aquele carinha legal e fofinho, é todo o amor que você tem dentro do seu coração. Os dias passam, as coisinhas bonitinhas e carinhosas vão perdendo o brilho. Você olha pra ele e se pergunta onde está todo aquele romance, toda aquela magia. Eles não desapareceram. Ele não deixou de te admirar enquanto você troca de roupa e fica ali, desfilando pelada pela casa. Ele também não deixou de querer beijar os teus lábios, quando você tá comendo leite condensado e fica aquela sujeirinha no canto da boca. Tudo isso ainda acontece, só que pra você, perdeu toda a graça; Perdeu o sentido. Perdeu o amor. Você precisa, nesse momento, de algo maior. De um desejo mais avassalador, do que o que vocês sentiam no começo do romance. Você precisa de mais emoção. E aí você descobre que ele não é o amor da sua vida. E fica lá se perguntando se essas coisas realmente existem, ou se o certo, mesmo, é procurar alguém que seja particularmente parecido com você. Que esteja disposto a te entregar a vida. Mas, deixa que eu te respondo. Não faça essa besteira com você, nem com ele. O amor da sua vida está por aí, rodando o mundo, beijando outras meninas, admirando outras paisagens, ou então, pode estar aí, do seu lado e você ainda não o viu, porque ainda não é a hora certa. Você ainda precisa de mais experiências, e quando você estiver completa, é a sua vez. E essa vai ser a hora de olhar para trás e não se arrepender dos corações que você partiu quando descobriu que não era ele, o carinha bonito, simpático e fofo, a parte da vida que te faz feliz.

Obs: Galera, desculpa as besteiras escritas, mas é que a postagem saiu num momento tão chato. Que foram os sentimentos mais sinceros que estavam no meu coração, no momento.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Eu canto


Tudo que sei
É que você quis partir
Eu quis partir você
Tirar você de mim
Demorei para esquecer
Demorei para encontrar
Um lugar onde você não me machucasse mais
E aguardei um pouco
Por que o tempo é mercúrio cromo
E tempo é tudo que somos
Talvez tivéssemos, teríamos tido, tivéramos filhos
Estava lhe ensinando a ler
On the road
E coisas desiguais
Com você por perto
Eu gostava mais de mim
Com você por perto
Eu gostava mais de mim
Com você por perto
Eu gostava mais de mim
Com você por perto
Eu gostava mais de
mim
Veja bem, eu já não sei se
estou bem só por dizer
Só por dizer é que finjo que sei
Não me olhe assim
Eu sou parte de você
Você não é parte de mim
Do meu passado você faz pouco caso
Mas, só para você saber
Me diverti um bocado
(Legião Urbana)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Ele e eu... ou ela.




Ele
: Você tá com ciúmes?
Ela: Eu? Não.
Ele: Então me dá um abraço?!
Ela: Não. Pede pra menina que sorri pra você!!!
Ele: ... ?!?!?!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

O Pequeno Príncipe e a Raposa




Após um longo e sábio caminhar, o Pequeno Príncipe, dispôs-se a descansar...

“E foi então que apareceu a raposa:
– Bom dia – disse a raposa.
– Bom dia – respondeu educadamente o pequeno príncipe, que, olhando a sua volta, nada viu.
– Eu estou aqui, debaixo da macieira...
– Quem és tu? – perguntou o principezinho. – Tu és bem bonita...
– Sou uma raposa – disse a raposa.
– Vem brincar comigo – propôs ele. – Estou tão triste...
– Eu não posso brincar contigo – disse a raposa. – Não me cativaram ainda.
– Ah! Desculpa – disse o principezinho.

Mas, após refletir, acrescentou:
– Que quer dizer "cativar"?
– Tu não és daqui – disse a raposa.
– Que procuras?

– Procuro os homens – disse o pequeno príncipe.
– Que quer dizer cativar?
– Os homens têm fuzis e caçam.
É assustador! Criam galinhas também. É a única coisa que fazem de interessante. Tu procuras galinhas?

– Não – disse o príncipe. – Eu procuro amigos.
– Que quer dizer “cativar”?
– É algo quase sempre esquecido – disse a raposa.
Significa "criar laços"...
– Criar laços?
– Exatamente. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim.
Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas.
Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo... Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens também. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra.Os teus me chamarão para fora da toca, como música. E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo, que é dourado, fará com que me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

A raposa calou-se e observou muito tempo o príncipe:

– Por favor, cativa-me! disse ela.
- Eu até gostaria, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a
conhecer.
– A gente só conhece bem as coisas que cativou – disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!

– Que é preciso fazer? – perguntou o pequeno príncipe.

– É preciso ser paciente – respondeu a raposa; Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas cada dia, te sentarás um pouco mais perto...

No dia seguinte o príncipe voltou.
– Teria sido melhor se voltasses à mesma hora – disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz! Quanto mais a hora for chegando, mais me sentirei feliz! Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!

Assim o pequeno príncipe cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:

– Ah! Eu vou chorar.

– A culpa é tua – disse o principezinho.

– Eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...

– Quis – disse a raposa.

– Então, não terás ganho nada!

– Terei, sim – disse a raposa – por causa da cor do trigo.

Depois ela acrescentou: – Vai rever as rosas. Assim, compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te presentearei com um segredo.

O pequeno príncipe foi rever as rosas:[...]. E ao voltar dirigiu-se à raposa:

– Adeus... – disse ele.

– Adeus – disse a raposa.

– Eis o meu segredo:


"É muito simples: só se vê bem com o coração.

O essencial é invisível aos olhos".


“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”

sexta-feira, 8 de julho de 2011

finDes



Sempre sério, ele chega e senta no banco a espreita do próximo carro que virá. Larga a mochila de lado e a apoia com os pés. Sapato brilhando, camisa com botões abertos. Aqui em João Pessoa faz muito calor, e depois de um dia de trabalho a coisa que você mais quer é tirar toda a roupa e se jogar no chuveiro. Acho que é a vontade dele também. Normalmente traz uma cerveja na mão, e fica lá adorando ela até a hora chegar. Eu não consigo não olhar a boca, os lábios grossos, a barba mal feita de final de semana. Ele bebe a cerveja com tal dedicação que me faz até ter água na boca [eu não bebo]. Um gole, dois goles, três goles, respira. Vez ou outra olha de lado, mas nem me enxerga. Não me enxerga mesmo. Às vezes eu acho que ele arrisca com o olho direito, mas é só imaginação. Outro dia ele me perguntou a hora (risos). Eu quase não respondia. Faltou a voz. Séríssimo que faltou. Quando peguei o celular dentro da bolsa, vi que o imprestável estava descarregado. Eita, azar! Ontem descobri que ele tem uma namorada. São beijos e mais beijos pelo telefone, bem do meu lado. Mas poderia ser pior, né? Ele poderia ser noivo, ou até casado. Mas, não. É apenas uma namorada. E namoradas morrem. Simples assim. Facim, facim de resolver. Acho que até a moça da banquinha já entendeu a situação. O ritual acontece todas as noites de sexta-feira, do mesmo jeito, no mesmo lugar. Tem o começo, o meio e a merda do fim. Esperar a semana para vê-lo não é uma boa experiência. Dia desses pensei em ir lá onde ele trabalha perguntar o preço da passagem para Lisboa. Gente, o que é que eu vou fazer em Lisboa, lisa desse jeito?! Sem chance!! Descartei. Xa pra lá. Vou me contentar em vê-lo uma vez por semana, sentar do lado dele no mesmo banco, e sentir o cheiro de fim de semana chegando.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

É, coração! Aprende a ser forte e a encarar a PREocupação desse menino como uma forma de tirar ele de ti... É se prendendo as coisas que te machucam que o transplante fica menos doloroso de ser encarado... Segue em frente... Esquece o que passa atrás dos teus olhos... Deixa cair apenas as lágrimas, que insistem em vir a cada nova leitura...

Poema aos 9


Não pude deixar de postar aqui. Achei tão lindo. Aos 9 anos de idade, minha colega de AP, que hoje é minha amiga, escreveu esse poeminha, FOFINHO. Vejam:

Eu deito na cama e fico pensando
O que é que será o meu grande sonho?
Será uma lágrima ou uma risada?
Será um pesadelo ou um conto de fadas?
Eu penso tanto que acabo dormindo
E no outro dia já é domingo

(Paloma)

Beijo, bem grande pra tu!!
TE AMO, trombadinha!!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Quando uma imagem fala mais que mil palavras!!

9las

Ficção:

Ela: AMOR, preciso te contar uma coisa e espero que sejamos sinceros um com o outro. É... Não sei como dizer... Eu... Eu te traí... Me perdoa, mas foi fraquesa minha nunca ter te dito. Eu estava magoada, porque sabia que você me traia há muito tempo, mas nunca tive coragem de te dizer. Seja sincero, AMOR. [lágrimas rolam de sua face] Eu ainda TE AMO e sei que podemos superar isso. Mas, preciso que você esteja comigo.

Ele: Noooossa, AMOR! Nunca esperei uma atitude como essa de você. Mas, mesmo estando triste, confesso que TE AMO também, e que te trai, sim. Mas, rogo pelo seu perdão. Sei que você é a mulher que eu amo, e isso não vai mudar. Vamos seguir, AMOR. Juntos, sem mentiras, agora.

(OS DOIS SE ABRAÇAM, CHORAM E SE AMAM [e eu babo]).

Vida Real:

Ela: AMOR, preciso te contar uma coisa e espero que sejamos sinceros um com o outro. É... Não sei como dizer... Eu... Eu te traí... Me perdoa, mas foi fraquesa minha nunca ter te dito. Eu estava magoada, porque sabia que você me traia há muito tempo, mas nunca tive coragem de te dizer. Seja sincero, AMOR. [lágrimas rolam de sua face] Eu ainda TE AMO e sei que podemos superar isso. Mas, preciso que você esteja comigo.

Ele: [silêncio] [muito silêncio] É... Vamos?
Ela: [assustada] Vamos pra onde?
Ele: Me levar até a porta.
Ela: ...

(ELA O ACOMPANHA, OS DOIS SE ABRAÇAM, E ELE VAI. AGORA, DEITADA NA CAMA, ELA CHORA, SEM ACREDITAR QUE, MESMO ASSIM, ELE NÃO TEVE CORAGEM [e eu a acompanho]).


O Trabalho da Borboleta

"Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo, um homem sentou e observou a borboleta por várias horas conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco. Então pareceu que ela parou de fazer qualquer progresso.

Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais longe. Então o homem decidiu ajudar a borboleta, ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas.

O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo, que iria se afirmar a tempo. Nada aconteceu!

Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar.

O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo com que Deus fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.

Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida. Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar.

Eu pedi Força...e Deus me deu Dificuldades para me fazer forte.

Eu pedi Sabedoria...e Deus me deu Problemas para resolver.

Eu pedi Prosperidade...e Deus me deu Cérebro e Músculos para trabalhar.

Eu pedi Coragem... e Deus me deu Perigo para superar.

Eu pedi Amor... e Deus me deu pessoas com Problemas para ajudar.

Eu pedi Favores... e Deus me deu Oportunidades.

Eu não recebi nada do que pedi... Mas eu recebi tudo de que precisava."

quinta-feira, 30 de junho de 2011

"(...) Ei, seu tonto, será que você não pode me olhar com olhos de devoção porque eu estou aqui quase esmagada com sua presença? Não, não dá pra dizer isso. Ei, seu velho, será que você pode me abraçar como se estivéssemos caindo de uma ponte porque eu estou aqui sem chão com sua presença? Não, você não pode dizer isso. Ei, monstro do lixo, será que você pode me beijar como um beijo de final de filme porque eu estou aqui sem saliva, sem ar, sem vida com a sua presença? Definitivamente, não, melhor não. Amor não se pede, é uma pena. (...) É triste amar tanto e tanto amor não ter proveito. Tanto amor querendo fazer alguém feliz.

(...) Mas amor, você sabe, amor não se pede. Amor se declara: sabe de uma coisa?

Ele sabe, ele sabe."


Tati Bernardi

P.S.: Eu preciso de férias, um litro de vodka e uma viagem bem longa.