quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Devaneios!!


Desculpa, Nick. Me perdoa por estar te incomodando a essa hora, mas é que meus pensamentos não conseguem ficar em silêncio. Ontem pensei em te dizer tanta coisa, afinal, você é a única pessoa que realmente está todo o tempo comigo. Que vê minhas angústicas e inquietações. Ao mesmo tempo sei que nada do que está acontecendo é culpa sua, Nick. Nada!! Acho que quase tudo é por causa de mim, por causa do meu jeito idiota de amar as pessoas, de querer molda-las pra mim, sabe? Senti tanto a sua falta ontem a noite. Minha cama tinha um buraco semelhante ao da camada de ozônio. Acho muito errado você me deixar sozinha assim, sem falar nada, simplesmente desaparecer. Eu sei que você precisa dar atenção a ela. Soube que vocês foram ver a lua ontem lá de cima da montanha. Fiquei com um pouquinho de inveja, Nick! Não posso negar isso. Mas logo consegui dormir. Acredite! A noite foi atípica. Ela sempre é quando você não está. Nada de sono, nada de carinhos na orelha, nada de mão boba embaixo dos lençóis. Nada, Nick. Nada mesmo. Eu até tentei distrair o tempo vendo uma nova série, que uma amiga me passou. Adolescentes drogados, embreagos, fazendo sexo o dia inteiro e se metendo em confusão. (risos) Sei que você odeia isso, e mesmo assim ainda deita pra assistir comigo. Na verdade você dorme na maior parte do tempo. E como é bom ter você ali, mesmo dormindo. No meu abraço. A série foi uma boa distração, mas nada que cubra a falta que você me faz. Ontem me senti sem nada. Sem amigos, sem emoções, sem família. E lembrei do quanto você acha idiota quando eu falo isso. Porque você adora dizer que o mundo inteiro me ama. Mas, a gente sabe que isso não é verdade, Nick! A gente sabe que são só momentos. Que ora eles estão, ora não. Só que você está o tempo todo, mesmo quando não está. Você está na toalha jogada em cima da cama, na mancha de água no meu travesseiro, no ventilador desligado, nas roupas jogadas ao chão, no silêncio da sala, nos risos contidos no canto dos lábios, nos meus ouvidos, nos meus seios, nas minhas mãos. Não pensei que fosse ser tão difícil abrir mão de você, Nick! Te soltar?! Eu não deveria ter feito isso, não era?! Sua irmã bem que me avisou. "Só saia se for pra fechar a porta pra sempre, Sayonara. Não saia com a intenção de voltar". E eu tinha, Nick! Tinha intenção de voltar a qualquer momento. Intenção de te olhar nos olhos e esperar você ler o que eu tinha no coração. Só que fui perdendo a coragem, fui largando o papel, joguei fora a caneta. Já não me sinto mais no direito de atrapalhar sua vida, muito menos o seu caminho pra felicidade. Nós decidimos, não foi? Decidimos juntos ficar separados. E eu aceitei. Aceitei com dores no peito e lágrimas caindo no pé. Você não. Sempre quis ter sua coragem. Você aceitou como um homem, Nick! Me mostrou as costas e disse "adeus". Eu, boba, menina, chorei. Eu sou uma idiota, não é? Acho que vou continuar sendo, pelo menos por enquanto.




Um comentário:

  1. Sayonara vc escreve muito bem. Parabéns e sucesso, linda.
    Gostaria mutio de ser o Nick pra n perder a oportunidade de ficar com vc.

    te amo, linda.

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